O surgimento de novas espécies de orquídeas é um fenômeno raro que está acontecendo.
Algo muito
raro está acontecendo com certas orquídeas pesquisadas no Brasil, em que indivíduos
de uma mesma espécie separados por quilômetros de distância ou até indivíduos
do mesmo ecossistema, estão se diferenciando uma das outras, é o surgimento de
uma nova espécie.
O
pesquisador Fábio Pinheiro do Instituto de Botânica de São Paulo detectou a
formação de especiação em indivíduos de uma mesma espécie. “Darwim já falava em
variações entre espécies, mas não poderia imaginar que fossem relevantes a
ponto de inviabilizar os cruzamentos entre populações de uma mesma espécie”. Em
2010 Pinheiro induziu cruzamentos entre 258 exemplares de 13 populações de
Epindendrum denticulatum, encontradas em matas no interior e no litoral do Espírito
Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, mantidas no orquidário do instituto. Algumas
populações, até mesmo do próprio ecossistema, acumularam diferenças genéticas
que inviabilizaram a formação de embriões viáveis. A impossibilidade de as
células reprodutivas de mesma espécie gerarem descendentes férteis
(incompatibilidade reprodutiva) é uma das primeiras etapas da diferenciação
genética que, em milhares de anos, pode levar a uma nova espécie.
Epidendrum
denticulatum, dos cerrados de Itirapina, em São Paulo, e de Peti, em Minas
Gerais deram as costas uns para os outros. Espécies que vivem próximas a
restingas no Rio de Janeiro, e de Alcobaça, na Bahia quando polinizadas não
geraram embriões, apesar de serem consideradas da mesma espécie.
Muito legal, espero ver mais matérias em breve.
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