Como Escrever Corretamente os Nomes das Orquídeas.
O primeiro contato com uma orquídea florida proporciona
encanto e admiração, mas muitas vezes ao procuramos o nome daquela orquídea e
encontrando tomamos aquele susto ao ler a etiqueta de identificação da espécie
que traz aquele “palavrão” (Cattleya walkeriana var. tipo ‘Dayane Wenzel). No
entanto esse nome complicado tem uma razão de ser, pois há uma base científica pertinente
para batizar uma planta com aquele nome tão complicado e quase impronunciável.
Para evitar confusões e garantir que os nomes das plantas
sejam os mesmos em qualquer parte do mundo, os únicos idiomas utilizados para
nomenclatura são o latim e o grego. Cabe aos taxonomistas a tarefa de registrar
novas espécies descobertas, seguindo as regras do Código Internacional de
Nomenclatura Botânica. Aplicadas exclusivamente para plantas, algas e fungos,
as normas são estabelecidas pela Royal Horticultural Society (RHS) e atualizada
a cada três anos.
O assunto é tão complexo que existe até curso de
pós-graduação em taxonomia.
Nomenclatura de espécies
A identificação de uma orquídea sempre começa pelo gênero
(grafada com a inicial em letra maiúscula), seguida pela espécie (escrita em
minúsculas) e pela variedade (em letras minúsculas), todas destacadas do
restante do texto, seja pela formatação em estilo itálico, negrito ou
sublinhado, sendo que o itálico é a forma mais empregada.
Quanto à classificação:
As plantas foram classificadas de acordo com suas
características pelos botânicos em família, divididas em tribos e separadas por
gêneros que, por sua vez, são subdivididos em espécies. Para facilitar a vida
dos orquidófilos, a classificação das orquídeas pode desconsiderar os primeiros
grupos, incluindo apenas o nome do gênero e da espécie. Em linhas gerais, elas
podem se classificadas em dois grandes grupos: espécies e híbridos.
Cattleya guttata var. tipo
Gênero espécie
variedade
Uma orquídea começa a apresentar alguma característica
diferenciada de suas semelhantes, pode-se batizá-las com mais um nome, o do
clone ou cultivar, que dever ser grafado entre aspas simples, sem destaques.
Nesses casos, enquadram-se a Cattleya
leopoldii var. tipo ‘Immaculata’. As
qualidades que as destacam das demais podem ser perpetuadas por meio de
clonagem através da cultura de meristemas que gera plantas geneticamente
idênticas.
Cattleya granulosa Lindley var. tipo ‘Russeliana Lindley’
gênero espécie botânico variedade cultivar
Além da espécie e a variedade, ainda é possível encontrar a
abreviatura do nome do estudioso responsável pelo registro, sem destaques.
Exemplos: Lind.(para John Lindley) e Gard. (para George Gardner).
Nomenclatura dos híbridos:
A planta resultante da polinização de duas orquídeas e denominada de uma planta híbrida. Isso pode ocorrer de forma natural ou artificial. No primeiro caso temos os híbridos naturais tais como: Cattleya X dolosa que surge do cruzamento natural de Cattleya walkeriana e Cattleya loddigesii, que são chamados de híbridos interespecíficos resultantes entre duas espécies e há os casos de híbridos interespecíficos resultantes entre gêneros diferentes que são batizados com os seguintes nomes especiais, que expressam as junções, como Brassolaeliocattleya (Brassovola + Laelia + Cattleya), Laeliocattleya (Laelia + Cattleya), etc.
Os híbridos artificiais contam com uma grafia diferente. O
gênero continua sendo escrito em letra maiúscula e destacada em estilo itálico,
negrito ou sublinhada. O nome que batizou o híbrido aparece em seguida, com
inicial maiúscula e sem destaques. Para identifica-las existem diversas siglas,
como LC para Laeliocattleya, BC para Brassolaeliocattleya.
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PRONUNCIANDO CORRETAMENTE OS NOMES DAS ORQUÍDEAS
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