O EMPREGO DE ADUBOS QUÍMICOS NA CULTURA DE ORQUÍDEAS

     Quando vivem na natureza as orquídeas retiram do meio todos os nutrientes que necessitam para se desenvolverem e reproduzirem. Porém quando fora de seu hábitat, necessitam de complementar sua nutrição mineral, é ai que entra a adubação química ou orgânica, em nosso primeiro caso trataremos da adubação química.
     Devemos observar que determinadas orquídeas quando retiradas de seu hábitat natural e levada para outro ambiente com condições totalmente diferentes quanto a temperatura, a orquídea desprende mais energia para seu metabolismo necessitando de uma adubação mais rigorosa.


NPK em farelos
NPK granulado


     Vamos entender o que significa as siglas N, P eK:
  • N - nitrogênio
  • P - fósforo
  • K- potássio
      E o que significa a fórmula 10, 5, 15 nos adubos:
  • 10% de nitrogênio
  • 5% de fósforo
  • 15% de potássio
      Você deve ter cuidados ao administra adubos químicos na sua orquídea, pois se a dosagem for muito concentrada você poderá perder sua orquídea que acarretará a queima de suas raízes como o desequilíbrio de suas funções. Não use adubos químico a base de úreia que é rico em nitrogênio, pois é uma substância prejudicial a raíz das orquídeas em geral.
     Se houver dificuldade em encontrar as formulações acima sugiro que adquira formulações próxima.
     A aplicação dever ser feita nas proporções:
  • Planta jovem - 10, 5, 5
  • Planta na faze de floração - 4, 14,8
  • No uso geral 7, 7, 7
    Utilize meio grama de NPK por litro de água para aplicação, se for usar adubo líquido adquirido em mercado, na bula indica diluir certa quantidade por litro de água, multiplique essa quantidade por 10 litros de água, para não oferecer adubo em excesso o que é prejudicial a sua orquídea.
 
    Os nutrientes podem ser classificados como Macro e Micronutrientes.

Macronutrientes

 Nitrogênio – Atua principalmente na manutenção do crescimento da planta, na formação de aminoácidos e proteínas. Este nutriente quando em falta para as plantas, promove retardamento geral do desenvolvimento da planta. Os pseudobulbos se tornam fracos e a brotação fica escassa.
O excesso de nitrogênio provoca uma aceleração do crescimento da planta, porém com floração escassa.

Fósforo – Responsável pela energia na planta (forma ATP) Atua na multiplicação das células, promovendo o crescimento das raízes, maturação e melhor formação dos grãos e frutos, faz parte dos compostos essenciais ao metabolismo vegetal.
Sua carência produz sintomas como: folhas verde-escuro, com pigmentação púrpura; brotos novos fracos e com pouco desenvolvimento; a planta não produz flores.

Potássio – Atua regulando a abertura e fechamento de estômatos, na formação do amido, açúcares, celulose e outros hidratos de carbono oferecendo a planta uma maior resistência à planta a doenças e falta de água.
Sua carência torna as folhas e pseudobulbos fracos e quebradiços.  
O excesso produz superdesenvolvimento das partes vegetais, prejudicando a floração. 

Cálcio – Principal componente da parede das células, atua promovendo resistência física em flores, ramos, e frutos. Junto ao fósforo atua no crescimento e multiplicação de raízes.

Enxofre – Atua na formação de aminoácidos e no metabolismo vegetal,  é constituinte de enzimas e hormônios vegetais.  Colabora na formação do sistema radicular e estimula a produção de sementes. Além disso o enxofre é componente principal dos compostos aromáticos, atuando no aromas das flores e frutos.

Magnésio – Principal componente da molécula de clorofila, sua presença nos fertilizantes para as plantas é indispensável pois A função do magnésio na planta está relacionada com a sua capacidade para interagir com ligantes nucleofílicos (ex. grupos fosforil) através de ligações iônicas, e atuar como um elemento de ligação e ou formar complexos de diferente estabilidade.

Micronutrientes

Zinco – Atua no processo da fotossíntese como catalisador para reguladores de crescimento da planta. Participa na formação do AIA – Ácido Indol Acético, Composto que desempenha papel no estímulo mitótico e no alongamento celular para o crescimento orientado das plantas.

Cobre – É um ativador enzimático, participa na fase reprodutiva e na respiração da planta.

Boro – Fixa o cálcio nas paredes das células. Atua no transporte de açucares e proteínas, na fecundação das flores e na formação das sementes.

Manganês – Tem importância na fotossíntese, faz parte das enzimas envolvidas na respiração e na síntese de proteínas, atuando no crescimento da planta.

Molibdênio – Participa da bioquímica da absorção, transporte e fixação de Nitrogênio.

Ferro - O Fe possui grande capacidade redox (Fe3+_ Fe2+) o que o torna importante nos processos de oxirredução no metabolismo da planta. Participa na reação de uma grande quantidade de enzimas.

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